Bolsa abre escritório em Londres e queixa-se da taxação
Bolsa abre escritório em Londres e queixa-se da taxação
O evento que marcou a chegada da BM&F Bovespa a Londres veio embalado por toda a pompa da City, mas também cercado por muita reclamação sobre a taxação do capital externo. O palco foi a Mansion House, residência oficial do prefeito do centro financeiro britânico, um palacete com decoração triunfal.
O almoço para cerca de 250 pessoas teve direito a todas as formalidades habituais dos ingleses. O brinde à rainha, praxe nos eventos, foi feito pelo presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto. Boas vindas foram dadas pelo próprio prefeito da City, Ian Luder - a área do centro financeiro é tão importante para o país que possui administração independente do restante da cidade, com um prefeito específico escolhido anualmente. Somente as bebidas servidas durante o almoço têm custo estimado de 18 libras por pessoa, cerca de R$ 55.
Mas, enquanto degustavam, o principal assunto entre os participantes era indigesto: o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o mercado de renda variável. As reclamações entre os investidores, alheios à discussão sobre uma possível bolha nos emergentes, eram generalizadas.
Gestores de recursos afirmaram que, enquanto o imposto durar, darão preferência para os ADRs. Eles também acreditam que os bancos passarão a oferecer produtos de derivativos de balcão aos investidores, como forma de driblar o IOF. Os investidores se mostraram inconformados com a decisão do governo - sem levar em consideração que medidas para conter a apreciação de moedas emergentes possam ser discutidas neste final de semana pelos ministros do G-20 reunidos na cidade de St Andrews, na Escócia.
Também participaram do evento o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
Marcadores: Bolsa

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